OBJETIVO GERAL DO CURSO

O objetivo do curso é promover reflexões e uma análise crítica sobre as questões de Saúde da Mulher e as políticas públicas desenvolvidas nesse campo. O curso traz uma abordagem histórica sobre os Direitos sexuais e reprodutivos e desenvolve alguns temas relevantes de Saúde da Mulher sob a perspectiva teórica e o desdobramento prático disso nas políticas públicas. O curso promove uma análise transversal do ODS 5 e do ODS 3.

MODALIDADE: ON LINE

Curso de Extensão	PÚBLICO-ALVO	CARGA HORÁRIA	AULAS	CRONOGRAMA	DIA DA SEMANA	HORÁRIO	VAGAS	Organizadores
Saúde da Mulher  e  as Políticas Públicas	Agentes públicos federais, estaduais e municipais; servidores(as) do TCM, sociedade civil organizada e interessados(as) no tema	8hrs	4 aulas	01, 08, 15 e 22/06	3ª feiras	10h às 12h	100	Marian S G Bellamy

 

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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

1ª Aula – Saúde da Mulher: contextualização e marco teórico. Criação de sistema de indicadores de políticas públicas no campo.

2ª Aula – Indicadores de Saúde da Mulher: gravidez na adolescência e contracepção. Estudo de caso: o Programa do Adolescente no Estado de São Paulo.

3ª Aula – Interseccionalidade: raça, classe e gênero. Discussão do Documentário Nascer nas Prisões: Gestar, Parir e Cuidar do Ministério da Saúde e Fiocruz, com a Diretora Bia Fioretti.

4ª Aula – Biomedicina e as novas questões no campo de Saúde da Mulher: tecnologias reprodutivas e o congelamento de óvulos.

RECURSOS FÍSICOS E DIDÁTICOS

Aula na modalidade remota, expositiva dialogada com utilização de material de apoio em PowerPoint e multimidia.

BIBLIOGRAFIA BÁSICA

BERQUÓ, Elza & LIMA, Liliam P. Intenções reprodutivas e planejamento da fecundidade. In: Berquó, E.; Garcia, S.; Lago, T. (coord.) Relatório Final - Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da Mulher - PNDS 2006. São Paulo.

BRAH, Avtar. Diferença, diversidade, diferenciação, Cadernos PAGU, 26, 2006, pp. 329-376.

CABRAL, Cristiane da Silva. Articulações entre contracepção, sexualidade e relações de gênero. Saúde e sociedade [online]. 2017, vol.26, n.4, pp.1093-1104. ISSN 1984-0470.

CAMARGO Junior, Kenneth Rochel de. A Biomedicina. PHYSIS: Rev. Saúdet al.etiva, Rio de Janeiro, 15(Suplemento):177- 201, 2005.

CORREA, S.; ALVES, J.E.; JANNUZZI, P.M. Direitos e saúde sexual e reprodutiva: marco teórico-conceitual e sistema de indicadores. In: Cavenaghi, S. (org.), Indicadores municipais de saúde sexual e reprodutiva. Rio de Janeiro: ABEP, Brasília: UNFPA, 2006.

CRENSHAW, Kimberle. A Intersecionalidade na Discriminação de Raça e Gênero. Cruzamento raça e gênero. Painel 1.

DINIZ SG. Gênero, saúde materna e o paradoxo perinatal. Rev Bras Crescimento Desenvolv Hum. 2009; 19(2):313-326.

TAKIUTI, Albertina Duarte / Leila Salomão de La Plata Cury Tardivo / Rui Alexandre Paquete Paixão (orgs.). Maternidade e Adolescência - histórias de adolescentes grávidas e mães do Brasil, Portugal e Guiné.

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

CLARKE, Adele E. et al. “Biomedicalization: Technoscientific Transformations of Health, Illness, and U.S. Biomedicine” American Sociological Review, vol. 68, no.2, 2003, pgs. 161-194.

CORREA, S.; ÁVILA, M.B. Direitos Sexuais e Reprodutivos: Pauta Global e Percursos Brasileiros. In: Berquó, E. (org.), Sexo & Vida: panorama da saúde reprodutiva no Brasil. Campinas, SP: Editora da UNICAMP, 2003, p.17-78.

FEDERICI, Silvia. Calibã e a Bruxa: mulheres, corpo e acumulação primitiva. Ed. Elefante. Tradução do coletivo Sycorax. 2017

FOUCAULT, Michel (2008). O nascimento da biopolítica. Tradução de Eduardo Brandão. São Paulo: Martins Fontes.

GUIMARAES, Nadya; Hirata, Helena (orgs.) Cuidado e cuidadoras: as varias faces do trabalho do care. 2012,São Paulo: Atlas.

LEAL, M. et al. A cor da dor: iniquidades raciais na atenção pré-natal e ao parto no Brasil.

AVALIACÃO

Presença, participação em aula e atividades.

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BREVE CURRÍCULO DAS PROFESSORAS

Marian S. G. Bellamy
Mestre em Saúde Pública pelo Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP). Possui graduação em Relações Internacionais pela Universidade de São Paulo. Analista de Gestão e Políticas Públicas da Prefeitura Municipal de São Paulo. Professora da Escola de Gestão e Contas do Tribunal de Contas do Município de São Paulo (TCMSP). Pesquisadora do Núcleo de População e Políticas Públicas do CEBRAP. Pesquisadora do Grupo GEMAS - Gênero e Evidências, Maternidade e Saúde da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo. Coordenação: Carmen Simone Grilo Diniz. Integrante do Grupo de Trabalho em Gênero do Tribunal de Contas do Município de São Paulo.

Suelem Lima Benicio
Mestre em Política Pública pelo Programa de Pós-Graduação em Política Pública da Universidade Federal do ABC. Possui graduação em Ciencias Sociais pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2006). Professora da Escola Superior de Gestão e Contas Públicas do Tribunal de Contas do Município de São Paulo. Atuou como Assitente Técnico Pedagógico junto a DOT/Núcleo de Educação Étnico-racial da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo atuando na formulação de políticas públicas para a implementação das Leis 10.639/03 e 11.645/08. Professora de Ensino Fundamental e Médio junto a Secretaria Municipal de Educação de São Paulo e a Secretaria de Estado da Educação de São Paulo.Principais áreas de atuação: educação, educação básica, políticas públicas, relações etnico-raciais, ensino de sociologia e história. (Fonte:Plataforma Lattes)

Sofia Rolim
Assessora do Gabinete do Conselheiro Mauricio Faria. Coordenadora do Grupo de Trabalho de Saúde do Observatório de Políticas Públicas do TCMSP. Mestranda em Direito e Desenvolvimento pela Fundação Getulio Vargas - Direito SP. Graduada pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul – PUCRS.

Lívia Vieira Lisboa
Doutoranda em Saúde Pública (FSP-USP), bolsista CNPq, mestra em Família na Sociedade Contemporânea (UCSAL/BA), professora universitária de graduação e de pós-graduação. Atua na pesquisa em gênero, violências, saúde da mulher e direito Sanitário. Pesquisadora do Grupo GEMAS - Gênero e Evidências, Maternidade e Saúde da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo. Coordenação: Carmen Simone Grilo Diniz.

Bia Fioretti
Doutora em Ciências em Saúde Pública pela USP (2019), mestre em Medicina Interna e Terapêutica pela UNIFESP (2014). Publicitária, fotógrafa, documentarista e ilustradora com 25 anos de experiência em grandes agências de publicidade. Seu propósito é trabalhar a comunicação e acriação em saúdefacilitando o acesso a informações científicas. Autora do livros sobre corpo feminino, hormônios e autoconhecimento - Os Segredos de Alice. Entre 2013 - 2015 foi colaboradora do Ministério da Saúde, desenvolveu a Caderneta da Gestante - o manual de gestação do SUS. Produziu e dirigiu 4 documentários para Vídeo Saúde/ Fiocruz, vinculados ao inquérito epidemiológico Nascer no Brasil e Nascer nas Prisões. Curadora da exposição da Lei Maria da Penha no Congresso Nacional (2008); Criadora do projeto Mães da Pátria: Resgate do Feminino através das Parteiras.